Na epicondilite medial, também conhecida como cotovelo do golfista, existe um comprometimento inflamatório / degenerativo na musculatura flexo-pronadora, que se origina no epicôndilo medial do úmero, localizado na parte de dentro do cotovelo.  O principal sintoma é dor no local e na maioria das vezes é causada pelo uso excessivo. Apesar do apelido, essa condição não é exclusiva dos praticantes de golfe e diversas atividades esportivas, laborais ou cotidianas  podem causar essa doença. O tratamento conservador é bem sucedido na maior parte dos pacientes, mas alguns casos mais resistentes podem necessitar de algum procedimento adicional.

O QUE É A EPICONDILITE MEDIAL DO COTOVELO?

A articulação do cotovelo é composta por três ossos: o osso do braço (úmero) e os dois ossos do antebraço (rádio e ulna). Na parte inferior do úmero existem 2 saliências ósseas chamadas epicôndilos, que servem de origem para vários músculos que passam pelo antebraço. O epicôndilo medial se localiza na parte mais interna do braço e dele partem os tendões responsáveis pela flexão do punho e dedos, além da pronação do antebraço. A epicondilite medial é um comprometimento inflamatório / degenerativo dos tendões flexores que se originam no epicôndilo medial.

COMO OCORRE A EPICONDILITE MEDIAL E QUEM ESTÁ MAIS SUSCETÍVEL A ESTE PROBLEMA?

Inicialmente uma inflamação ou uma microruptura das estruturas tendinosas que se originam no epicôndilo medial. O mecanismo mais comum para o surgimento desta lesão inicial é por movimentos repetitivos, mas também pode ser precipitado por um grande esforço ou trauma no local. Apesar de haver uma restrição da incidência quanto à idade, a maioria das pessoas que tem cotovelo de tenista tem entre 30 e 50 anos.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS E SINAIS MAIS COMUNS?

A dor pode ser bem localizada na ponta do epicôndilo ou se espalhar um pouco pelo antebraço. Os principais diagnósticos diferenciais são a instabilidade em valgo do cotovelo, artrose do cotovelo, doenças do tríceps e as neuropatias do nervo ulnar. O diagnóstico é estabelecido através de avaliação clínica, incluindo a história e o exame físico.

QUAIS EXAMES PODEM AJUDAR?

Exames de imagem não são imprescindíveis para o diagnóstico, mas podem ajudar a excluir diagnósticos diferenciais. A radiografia pode ser útil para avaliação de artrose ou calcificações, mas não permite a visualização direta dos tendões envolvidos. A ultrassonografia permite a visualização de partes moles, incluindo os tendões. É um método dinâmico e versátil, mas tem a desvantagem de ser examinador dependente. A ressonância magnética é padrão ouro pois permite a avaliação dos tecidos de partes moles com maior precisão.

QUAL O MELHOR TRATAMENTO PARA O MEU CASO?

Existem diversas modalidades de tratamento. Independente método terapêutico utilizado, um fator primordial para o sucesso de qualquer modalidade de tratamento é tentar identificar qual o movimento pode estar sendo o responsável pela lesão durante sua prática esportiva, profissional ou cotidiana. A modificação de hábitos é um fator importantíssimo no sucesso do tratamento, incluindo a atenção à ergonomia e gestos esportivos.

A indicação do tratamento vai variar muito de acordo com a experiência do médico. Normalmente inicia-se de forma mais conservadora, incluindo repouso, medicações e fisioterapia. Alguns procedimentos percutâneos como as infiltrações e desbridamento com agulha podem ser boas opções intermediárias. Por fim, o tratamento cirúrgico tem ótimo resultado, mas fica reservado para os casos mais resistentes.

PROCEDIMENTOS