A lesão do músculo peitoral maior não é comum, ocorrendo principalmente em pacientes jovens com grande sobrecarga de esforço físico. Uso frequente de medicamentos corticosteróides e anabolizantes também são fatores de risco. O diagnóstico é normalmente bem claro clinicamente, com presença de dor intensa e uma deformidade pela retração do tendão, mas a ressonância magnética pode ajudar a caracterizar melhor a lesão. O tratamento normalmente é cirúrgico, especialmente nos mais jovens e ativos.

O PEITORAL MAIOR

Os tendões têm a função de conectar os músculos aos ossos, transmitindo a força gerada pela contração muscular e que resultará em movimento articular. O músculo peitoral maior é um dos mais fortes e potentes músculos da região do ombro. Fica localizado na parte da frente do tórax, ligando o úmero ao esterno e clavícula. Tem função de trazer o braço para junto do corpo e também rodar o braço para dentro.

COMO OCORREM AS LESÕES DO PEITORAL MAIOR E QUEM ESTÁ MAIS SUSCETÍVEL?

O peitoral maior pode ficar inflamado quando é muito sobrecarregado, como em trabalhadores braçais ou atletas com alta demanda física. Nestes casos, normalmente um período de repouso e medicação anti-inflamatória é suficiente para sessar os sintomas, com retomada gradual das atividades.

Quando o processo se torna muito prolongado ou repetitivo, o tendão vai passando a desenvolver alterações degenerativas crônicas, que chamamos de tendinoses. Nessa situação, o tecido do tendão se torna mais frágil e suscetível a um rompimento. Quando a força exercida pelo músculo sobrepõe a resistência que o tendão é capaz de resistir, ocorre um ruptura. Um fator de risco importante para o desenvolvimento de lesões do peitoral maior é o uso de anabolizantes hormonais.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS E SINAIS MAIS COMUNS?

Normalmente a lesão ou ruptura do músculo peitoral maior não é silenciosa e o paciente sabe exatamente quando ocorreu, geralmente relatando uma sensação de que ‘algo rasgou’ durante a realização de algum movimento com grande força.

O paciente normalmente apresenta uma deformidade visível no peito, que varia de acordo com a extensão da lesão. Além disso, é comum o aparecimento de  dor, fraqueza, inchaço no local (edema) e uma mancha roxa (equimose).

QUAIS EXAMES PODEM AJUDAR?

Apesar do diagnóstico normalmente ser muito claro com base na história e exame físico, exames de imagem podem ajudar a caracterizar melhor a lesão e avaliar lesões associadas. A ressonância magnética é o melhor exame para avaliação do peitoral. Se houver alguma contra-indicação ou indisponibilidade deste exame, a ultrassonografia também pode ajudar.

QUAL O MELHOR TRATAMENTO PARA O MEU CASO?

Em pacientes mais velhos e menos ativos, a lesão do tendão peitoral maior pode ser bem tolerada sem grandes déficits funcionais. No entanto, como a população que apresenta este tipo de lesão costuma ser jovem e atlética, a ruptura poderá ocasionar uma perda significativa performance nos esportes e atividades que requerem força e potência muscular.

PROCEDIMENTOS

  • Reparo do peitoral maior *